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As Leis Universais – Parte II
Continuando a nossa viagem sobre as leis universais; aquelas que regem todo o universo e tudo o que nele existe, vamos debruçar-nos sobre as seguintes 3 Leis, de um total de 12.
Na primeira parte, falamos sobre as três primeiras leis: de Causa e Efeito, de Retorno e da Repetição. E quais serão as outras? Pois aqui vão elas:
Quarta – LEI DA SUBSTITUIÇÃO
Esta é uma lei extremamente importante. Basicamente trata-se de substituir os pensamentos negativos por pensamentos positivos. É uma operação simples, no entanto…há quem considere tal coisa um verdadeiro desafio. Não é, não tem que ser, mas por algum motivo, a natureza humana puxa-nos a focar-mo-nos mais no que está mal ou nos faz sentir mal do que no bem! Mas mudar isto é absolutamente imprescindível para que o bem aconteça!
A lei da substituição complementa a lei da repetição. Isto alerta-nos para o facto de que não se vence um pensamento negativo lutando contra ele. A única forma é mesmo substituindo-o pelo pensamento contrário ou um outro que melhor funcione como injector de positivismo. E não! Não fique dizendo que não quer pensar assim, que não quer ser assim, que não quer ser assim…repetindo uma e outra vez a mesma coisa, pois a única coisa que está a fazer é a reforçar o pensamento e o acontecimento indesejado. Se não quer assim, porque continua a bater na mesma tecla? O ideal é substituir por aquilo que efectivamente quer, não será?! Por exemplo, quanto mais disser “não quero mais pensar em fulano”, mais pensará nele. E quanto mais repetir seu nome, mais o lembrará. E quanto mais repetir o mesmo, ainda que a intenção seja afasta-lo do pensamento, mais o fixa e mais presente estará na sua mente. Se eu lhe disser ” não pense numa laranja”, a imagem que surge de imediato na sua mente nada mais é que…uma laranja, certo? Não deixará de pensar na laranja enquanto usar uma frase com a palavra laranja. E notará que a imagem constante da laranja estará tão presente que, pela acção da lei da repetição, a ideia da laranja será registada no subconsciente e acontecerá precisamente o contrário de que pretende!…e o mais provável é que, neste momento, até já apeteça comer uma laranja!
Não combata o mal com o mal, promova o bem. Não diga “não quero estar triste”, pois estará a reviver a ideia, a imagem e o sentimento, tantas vezes quantas as repetir, com as consequências menos boas que daí advêm para a sua vida. Em vez disso, faça projetos para viver de forma diferente e mais de acordo com o que lhe traz felicidade, actividades que lhe agradem, convivências alegres…
É simples, faz-se sem conflito e sem luta, embora inicialmente possa parecer difícil. A repetição tornará a tarefa fácil. Quando for invadida por uma ideia ou imagem indesejável, não lute, simplesmente pense noutra coisa, numa coisa boa. Faça a substituição de imediato, e com a continuação logo dará por si diferente, mais leve, mais bem disposta, mais feliz!
Quinta – LEI DA MENTE
Basicamente podemos simplificar esta lei assim: a mente consciente cria, o subconsciente faz acontecer.
Palavras, pensamentos, sentimentos, ideias, imaginação, desejo, oração, raiva, ódio, frustração, sonho, projectos, meditação…..tudo o que se passa na nossa cabeça é o consciente e é quem tem a capacidade de criar. O subconsciente fará materializar-se o que ocorreu na mente, na sua cabeça.
Mente positiva=Vida positiva * Mente negativa=Vida negativa * Mente pobre=Vida pobre * Mente alegre=Vida alegre… e por aí fora…
Segundo Buda: “Tudo o que temos é resultado do que temos pensado. Baseia-se sobre os nossos pensamentos e é feito dos nossos pensamentos.”
E também Jesus o afirmou desta forma: “Pedi e ser-vos-á dado, porque todo aquele que pede recebe”.
E quando estamos pedindo algo? A todo o instante. A todo o momento estamos pensando algo, sentindo alguma coisa… Não estamos pedindo só quando conscientemente estamos orando a alguém, ou a alguma entidade divina. Todo o tempo, desde que acordamos até que adormecemos, estamos emitindo algo, que por sua vez será devidamente gravado pelo subconsciente e materializado.
Quantas vezes já aconteceu pensar tanto que algo ia acontecer e…aconteceu? Normalmente dizemos de imediato: “Eu sabia!! Eu estava com este palpite que ia acontecer isto!” Pois, agora que conhecemos esta lei, é caso para perguntar: Sabia….ou criou este acontecimento?? Pelo sim, pelo não, policie os seus pensamentos!Provavelmente vai surpreender-se com os resultados. E já sabe, se pretende bons resultados, emita apenas bons pensamentos. O universo não tira férias e o subconsciente é uma fábrica que labora 24h/24h, todos os dias da sua vida, para o satisfazer! Quanto à qualidade do produto, depende de si!
Sexta – LEI DO AMOR
O amor é tudo. Ele consegue tudo e tudo pode. É a mais poderosa energia criadora e a mais elevada Lei que existe no céu e na terra. É a Lei Maior. Quando falamos em amor estamos a falar de compaixão, misericórdia, compreensão, bondade, tolerância, generosidade, solidariedade, carinho, abrigo, perdão, paz, caridade…. Sem a existência viva desta lei, o mundo simplesmente desaba, e como tal, o ser humano.
O amor é vitalidade! O amor faz o corpo manifestar saúde, juventude e produzir as hormonas que nos fazem sentir prazer e alegria. Onde não há amor, há escuridão. A escuridão é ausência de luz. A ausência de luz é a morte. Amar a Deus é amar a vida pois Ele a criou. Amar a vida é amar todos os participantes deste universo: animais, plantas, estrelas, rios e montanhas…tudo. E esse tudo, obviamente, inclui a si mesma e aos outros. Não é possível amar o outro sem que esse amor flua de novo até si. E também não conseguirá agredir o outro sem que a agressão retorne até si. Por isso, há apenas um caminho: amar.
Ainda que tenha sido prejudicada por alguém, lembre-se do ditado que diz “quem vê caras não vê corações”. Bem sei, é um desafio e pêras mas vá, tente ver além das circunstâncias que se manifestam nele e procure chegar ao fundo desse ser, que é na sua essência, um ser divino, tal como cada um de nós e como todos os seres no universo. E se não conseguir manifestar a sua verdadeira identidade – essa essência amorosa que a constitui – volte-se para si própria, para o seu interior, e ficará maravilhada com o amor que possui no seu interior. E aí sentirá que a sua realidade não é a experiência que teve lá fora, mas sim essa energia amorosa que reencontrou dentro de si. E partilhar, expressar esse amor dá prazer e alegria. E trará ainda mais amor até si, pela acção de duas outras leis que actuarão em conjunto com esta: a lei do retorno e uma outra lei de que falaremos mais tarde, a Lei da atracção.
Então, ame! E comece por si mesma! Amar-se a si própria é reconhecer que é uma obra-prima, pois é feita á imagem do criador. É respeitar essa criatura maravilhosa – você. É acreditar em si, é sentir vontade de tornar o mundo melhor porque reconhece que o mundo é parte de si. É ser feliz e irradiar felicidade e amar o ser humano como um todo: corpo, mente, coração e espírito.
E algo muito importante: Não existe amor sem liberdade. Por mais assustador que seja tal pensamento, o verdadeiro amor, aquele de que tanto se fala mas que tão pouco é realmente sentido – o amor incondicional – não aprisiona, não condiciona, não exige; liberta!
Gandhi: “Dai-me um povo que acredite no amor e vereis a felicidade sobre a Terra”.
continua….
A magia da Leis divinas, Lauro Trevisan
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